Foi jornalista e professor, e é, atualmente, biólogo e escritor. Está traduzido em diversas línguas. Mia Couto tem uma obra literária extensa e diversificada, incluindo poesia, contos, romance e crónicas, e é considerado como um dos escritores mais importantes de Moçambique. As suas obras estão publicadas em mais de 22 países e traduzidas em alemão, francês, castelhano, catalão, inglês e italiano e em muitas delas, o autor dá um contributo significativo para recriar a língua portuguesa, incorporando vocabulário e estruturas específicas de Moçambique, portanto produzindo um novo modelo para a narrativa africana. Estilisticamente, a sua escrita é influenciada pelo realismo mágico, um movimento popular nas literaturas latino-americanas modernas. Contudo, por sua literatura ser africana, o termo "mágico" não aplica, sendo classificada como Realismo Animista. O uso de linguagem faz lembrar o escritor brasileiro João Guimarães Rosa, mas também é influenciado pelo escritor Jorge Amado. É conhecido por criar provérbios, às vezes conhecidas como "improvérbios", nas suas obras de ficção, assim como enigmas, lendas, e metáforas, dando uma dimensão poética sobretudo. Mia Couto escreve para um universo de leitores que tanto inclui os adultos como as crianças.
Entre outros prémios e distinções (de que se destaca a nomeação, por um júri criado para o efeito pela Feira Internacional do Livro do Zimbabwe, de Terra Sonâmbula como um dos doze melhores livros africanos do século XX), foi galardoado, pelo conjunto da sua já vasta obra, com o Prémio Vergílio Ferreira 1999 e com o Prémio União Latina de Literaturas Românicas 2007. Ainda nesse ano, Mia foi distinguido com o Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura pelo seu romance O Outro Pé da Sereia.
Jesusalém foi considerado um dos 20 livros de ficção mais importantes da «rentrée» literária francesa por um júri da estação radiofónica France Culture e da revista Télérama.
Em 2011 venceu o Prémio Eduardo Lourenço, que se destina a premiar o forte contributo de Mia Couto para o desenvolvimento da língua portuguesa e foi o autor homenageado no Festival Literário Escritaria em Penafiel.
Em 2013 foi galardoado com o Prémio Camões e com o prémio norte-americano Neustadt.
(informação retirada da Wikipédia e Wook)